sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

o começo do re


e eu aqui

céu pelo reflexo acinzentado
feixes de luz riscam o chão
pensamento engole a cor

escadas umedecidas
vontades do nada
pulsam na fome vermelha

vento desliza pela janela
cheiro adormecido de lugar algum
unhas que rasgam o sorriso

já não estou mais aqui

e ele mancha a pele de roxo
enfia terra nos olhos
penetra o som e molha o ar.

improvável gota negra
beleza levemente doída
o vazio e o nada se beijam

e o que virou o aqui...?

4 comentários:

Léo Ribeiro disse...

Bom saber que não sou só eu que ando sentindo esse vazio, esse suspense suspenso como poeira que não deita.

Você me empurrou o ano goela abaixo Drama. Acabei escrevendo texto novo lá no pixeldocaos. Depois vá lá!

É o tipo da coisa disse...

improvavel gota negra.... e beleza levemente doída...

é a audácia da nostalgia sinestésica

É o tipo da coisa disse...

e mais uma coisa:

"aonde jesus entra nessa história?"

Vieira Terrier disse...

Continuo com a opinião de que a vontade que nos faz enxergar sem luz.

Quanto tempo...