segunda-feira, 27 de julho de 2009

Não muito distante...


Nos braços do Rio Ganges trepidam sensações que atravessam suavemente a fronteira dos corpos que flutuam...
No bico do corvo, nas margens despedaçadas, à deriva do esquecimento...
A palavra cremada se espalha pelo mar de rostos como o bater das asas de um colibri amargo...
O mundo da noite silencia a visão inominável que se tem das águas que abrigam mistérios e sussurros...
O grito suado será despertado pela luz que anuncia o ritual...
Cada segundo que passa é o começo do fim para quem se deixa abraçar pelo Ganges...
E então o sono ficará para sempre aprisionado nas verdades que nós mesmos criamos.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Teaser Trailer

Tim Burton no País das Maravilhas apresenta:

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Porque me lembrei do Michael Jackson ...


"O Pequeno Príncipe" - Antoine de Saint-Exupéry - 1974(escrito em 1943).

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Eu, enquanto eu mesma...

meus passos sem por quês observam o sol mudar de posição...
os sons, às vezes em silêncio, parecem remar contra o chão imundo...
mãos que dançam com flores sorriem ao vento...
se afastam aos poucos os olhos que buscam aceitação...
sem saber o que, ela fica. ela deita sem relógio.
despe-se do senso comum e observa o estado de todas as coisas que pressente...
ela desejou o que não podia.
pisou nas fitas de cetim que se desfizeram dos laços preguiçosos.
de um lado para o outro, o bater das asas coloriu o ar.
presente e passado trocaram de espaço.
aqui dentro sentia o lado de fora...às vezes luz. sempre quente.
na penumbra ela sorria celebrando a vez das sensações...
o corpo, agora trêmulo, emitia os gemidos soturnos que um dia já foram acolhidos...
e de pensar que é justamente quando ela vai que ela mais volta...
resolveu não resolver nada. seria conduzida pelas fitas de cetim...
queria ouvir. queria uma testemunha daquele momento...
o som escureceu.
o olhar, agora em silêncio, acordava aos poucos...
em meio às asas, laços, cores e gemidos...
ela vestiu-se e se pos a chorar...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Caos...Calmo...



Caos Calmo (Antonio Luigi Grimaldi, Itália/Inglaterra, 2008) é um dos mais belos filmes que já vi...Não se pode escrever com precisão sobre uma obra destas, por isso, serei breve...

Pietro perde a esposa. Se o bom senso ensina que o viúvo precisa de apoio, o empresário age como um insano ao apoiar seus amigos e familiares. Ele fica disponível. Ele contempla. Assim, deixa o caos girar ao redor: os familiares vem e vão, colegas do trabalho pedem conselhos, a irmã de sua ex-mulher bate o carro, todas as coisas rodopiam dentro e fora da praça escolhida por ele para passar os dias...A vida está ali. Ele não sai de frente à escola da filha. "Todos os dias você me verá aqui olhando para sua janela...". Ele, enfim, se torna o banco dos outros e, no fundo, todos nós queremos bancos...

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Enquanto isso no fantástico mundo da criação...

Bem...nós, que somos da área de Comunicação , sabemos muito bem como a estrada que leva a um produto, à uma arte final, à uma identidade visual, à uma logomarca, etc, etc, etc e tal, é tortuosa, mas ela também pode ser engraçada considerando-se alguns "recursos técnicos" e algumas artimanhas dos nossos queridos clientes...

Segue abaixo pérola recebida pelo atendimento de uma agência:

"Fulana, seguem as alterações da Literatura PED 5 e 6:
Cor: Acharam as cores da capa e contracapa muito fortes, em compensação, o miolo está muito claro, branco. Querem que sejam trabalhadas tanto capa, contracapa e miolo com uma cor mais clean, um colorido remetendo para a Pediatria. Pode utilizar um degradé, geralmente pra coisas de Pediatria, se utiliza bastante as cores do arco-íris, algo colorido, mas não impactante! Na imagem do vidro Xarope, tirar a palavra Xarope."

É...é o famoso "bate, mas não encosta"...

Continuando...

A fim de apredermos o significado de uma logomarca no contexto universal das relações multifacetadas, segue um exemplo (clique para ampliar, por gentileza):


E para completar...



Entendeu?