sexta-feira, 17 de julho de 2009

Eu, enquanto eu mesma...

meus passos sem por quês observam o sol mudar de posição...
os sons, às vezes em silêncio, parecem remar contra o chão imundo...
mãos que dançam com flores sorriem ao vento...
se afastam aos poucos os olhos que buscam aceitação...
sem saber o que, ela fica. ela deita sem relógio.
despe-se do senso comum e observa o estado de todas as coisas que pressente...
ela desejou o que não podia.
pisou nas fitas de cetim que se desfizeram dos laços preguiçosos.
de um lado para o outro, o bater das asas coloriu o ar.
presente e passado trocaram de espaço.
aqui dentro sentia o lado de fora...às vezes luz. sempre quente.
na penumbra ela sorria celebrando a vez das sensações...
o corpo, agora trêmulo, emitia os gemidos soturnos que um dia já foram acolhidos...
e de pensar que é justamente quando ela vai que ela mais volta...
resolveu não resolver nada. seria conduzida pelas fitas de cetim...
queria ouvir. queria uma testemunha daquele momento...
o som escureceu.
o olhar, agora em silêncio, acordava aos poucos...
em meio às asas, laços, cores e gemidos...
ela vestiu-se e se pos a chorar...

2 comentários:

Anônimo disse...

quente...

Daia disse...

Amei Lú!! se não se importa vou achar um cantinho prá ele no meu orkut, e te darei os seus mais que merecidos créditos, lindo lindo!!!