domingo, 16 de novembro de 2008

Você

No escuro do vento...
Ao som da noite...
Vejo suave bolha de mim flutuando por entre as folhas

Levo uma fábula que me lembra você
Se estou aqui agora, é por sua causa
E continuo seguindo contra o fluxo...

Choro porque a noite me toca com seu som
E o vento me cega os olhos
As folhas vacilam ao dançar...

Minha bolha quase se perdeu
Não penso no que faz sentido
Sentido não é... Mas está.

Não escuto mais o som da noite
Não sinto a escuridão...
Encontrei...

E lá no fundo vejo a parte que me faltava
Lágrimas sorriem...
Choro porque te amo....Choro porque te reconheço.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Bad Server

Ah....os tempos de guerra...
Não uma guerra propriamente física, mas psicológica.
Guerra do poder. Guerra deprimida.

E para todo lado que você olha...
Nunca encontra alguém para confiar.
Ah...verdades sempre caem na sujeira.

O que está acontecendo?
Muitos se encobrem pela sombra mesquinha da própria razão
Eles sabem...eles sabem.

São da empresa privada os nossos passos?
Nosso conhecimento...
Recuso-me a ver somente etiquetas, não não.

Nada de ilusões, nada de olhares calculistas.
Mostre-me... Sim, você.
Apenas se acalme... ainda não vejo o mercado.

Há todo um potencial desperdiçado com coisas inúteis...
Através da TV somos tão iludidos...tão desinformados...
Claro, diriam alguns, nossos olhares valem dinheiro. E muito.

Lamentando a criação do senso comum...
São como lanternas de luzes que vacilam...
E tudo à nossa volta cai como uma mentira maquiada.

A presença enlouquece...
Sonhar acalma...
Encobre os lapsos de consciência.

Ah, a maldade em depositar em um grão de areia o fardo de um diamante...
Não podemos acreditar em terras estéreis, até que tenhamos outras.
Em tempos de guerra, tente não se perder de você mesmo...

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Ciclo Infinito

Uma noite você me perguntou...
“Por que não consegue parar de olhar?”
Eu digo, “por que parar...?”.

Oh, é algo difícil...
Pensamentos de um passado recente
Vontades que chegaram e não sabem ir embora...

Eu vejo o pôr do sol, mas antes você está lá...
Oh, a natureza...
Ela guarda meu segredo.

“Por que a timidez?"
Eu digo, “porque não consigo parar de te olhar...”.
E então seguimos...

Em direção à natureza...
Posso te encontrar...?
Com toda essa criação louca que é nossa sociedade...Não sei o que dizer.

Qual o caminho para ser livre? - perguntou o grande poeta...Oh...
Para todo lugar que vou levo um pouco do que sinto em você.
É difícil saber para onde ir...

Nas noites mais longas, uma agitação predomina...
Por que quero tanto te ver?
Puxando, buscando, querendo, desejando você...é só o que tenho a dizer no momento.

terça-feira, 4 de março de 2008

Resquícios de um ruído...

Caindo...estou.
A solidez das minhas falhas se misturam com a representação do que eu era.
Estou...
Vermelho...
Caindo....
O amolador passa com seu sino
Acordada posso ver que não há distância, não há fusão
O despertador me faz bater no tráfego da criação
Não sigo mais...
Vermelho...
O que eu pressinto se confirma depois
Libélulas voando...
Onde estavam?
O amolador retorna
Sino calado
Caindo...
Sou.