domingo, 19 de setembro de 2010

Sobre a confiança


um difícil elo a ser construído e mantido
uma vez firmado, para sempre
e as cordas negras balançam a cada passo vermelho
o que contar para o chão? Você ja esteve nele tantas vezes...
uma vez firmado...
os sons oprimidos na caixa cinza
porque o silêncio conta verdades
o medo virou o único sentimento que você conhece
mas quem pode saber? quem pode...
é aquele que conhece as marcas na parede...
poderia desenhá-las no escuro
o desperdício de uma vontade escorre por entre os olhos pálidos
um movimento errado...
caindo...caindo...
e o azul se esvai pelos segundos enferrujados
fundo negro sem superfície
não pulsa mais
mas quem quer saber? quem quer...
o sol atrapalha o estado das coisas
palavras sem ponto final...frases inacabadas
a confiança...
uma vez quebrada, para sempre
a confiança...
sangue jorrando pelos poros lacrimejantes.

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