
Tinha o vento. A folha. O cheiro do morango.
As flores de jabuticaba. A janela. Um banco. Paredes de cetim. Laços azuis e cor-de-rosa.
Tinha uma menina que sentiu o ar colorido em meio aos sons de um pássaro que cantava para existir...
Enquanto a luz do dia mudava, as folhas voavam e a nuvem se afastava timidamente. Ele começou a sentir...
“Os olhos vêem o presente sob a luz do passado”
O que havia ali, as reticências se encobriram de responder.
“Então são espaços a serem preenchidos...”
Aos poucos, reflexos de ser e estar. Convergência sinestésica.
E então eles estavam falando sobre informação real transmitida por um sentido de percepção de outros sentidos... E os significados dançavam no ar...
Oh. Ela suspirava como se ele pudesse ouvir... Sua cor, agora, parecia saída de um sonho.
Os laços iam. Voltavam. Paravam esperando a respiração...
“Falling... Falling..."
E quando a razão se esconde, os sentidos sangram para ela saber que está viva...
Então são sussurros...segredos...verdades...sonhos...desejos e, finalmente, sorrisos.
Ah, como ela queria tocar aqueles sorrisos...!
5 comentários:
"tocar os sorrisos"
mto bonito isso, poetiza..
Ainda quero aprender a fazer esses tons de certa gravidade e leveza ocuparem um mesmo lugar ao mesmo tempo! Me ensina?
Bjokas pra você!
o que fazemos nós com td isso? eu sinceramente não quero derramar esse tipo numa calçada ou afogar td o que jaz num copo americano de skol.mas é o se tem feito.
uhum.eu sei.
Cantar para existir, fazemos isso o tempo todo. Porém com o que colocamos em graus de importância.
Sim, me assustei quando li teu texto, tive até que olhar a data de um outro. Vi que me atrasei um dia.
Ok. Vivo para existir.
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