quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Memórias de um sonho lúcido...


Tinha o vento. A folha. O cheiro do morango.
As flores de jabuticaba. A janela. Um banco. Paredes de cetim. Laços azuis e cor-de-rosa.

Tinha uma menina que sentiu o ar colorido em meio aos sons de um pássaro que cantava para existir...

Enquanto a luz do dia mudava, as folhas voavam e a nuvem se afastava timidamente. Ele começou a sentir...

“Os olhos vêem o presente sob a luz do passado”

O que havia ali, as reticências se encobriram de responder.

“Então são espaços a serem preenchidos...”

Aos poucos, reflexos de ser e estar. Convergência sinestésica.

E então eles estavam falando sobre informação real transmitida por um sentido de percepção de outros sentidos... E os significados dançavam no ar...

Oh. Ela suspirava como se ele pudesse ouvir... Sua cor, agora, parecia saída de um sonho.

Os laços iam. Voltavam. Paravam esperando a respiração...

“Falling... Falling..."

E quando a razão se esconde, os sentidos sangram para ela saber que está viva...

Então são sussurros...segredos...verdades...sonhos...desejos e, finalmente, sorrisos.

Ah, como ela queria tocar aqueles sorrisos...!

5 comentários:

Magnum_26 disse...

"tocar os sorrisos"

mto bonito isso, poetiza..

Léo Ribeiro disse...

Ainda quero aprender a fazer esses tons de certa gravidade e leveza ocuparem um mesmo lugar ao mesmo tempo! Me ensina?

Bjokas pra você!

Willians disse...

o que fazemos nós com td isso? eu sinceramente não quero derramar esse tipo numa calçada ou afogar td o que jaz num copo americano de skol.mas é o se tem feito.

Willians disse...

uhum.eu sei.

Vieira Terrier disse...

Cantar para existir, fazemos isso o tempo todo. Porém com o que colocamos em graus de importância.
Sim, me assustei quando li teu texto, tive até que olhar a data de um outro. Vi que me atrasei um dia.
Ok. Vivo para existir.