quinta-feira, 16 de outubro de 2014
terça-feira, 30 de setembro de 2014
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Onde os pássaros sempre vão
Lado a lado em silêncio
Eles passam o dia
Sem nada dizer.
Ela olha para o céu
Ele apenas segue...
Um milhão de horas entre nós
Sem uma única palavra...
É o som mais alto
É o som mais alto...
É o som mais alto que eu já ouvi.
sexta-feira, 25 de julho de 2014
quarta-feira, 2 de julho de 2014
terça-feira, 3 de junho de 2014
Voa
No meio da própria engrenagem
Balança entre o quase
Vacilante fio solto
Afeto aéreo tão leve nem pousa
Sincero de coisa nenhuma
Beijo de espumas frias
Sombras enferrujadas entre os dentes
Chora pelo nem tanto
Mas quem não tenta já é perdido entre as unhas do inverno
segunda-feira, 2 de junho de 2014
sexta-feira, 30 de maio de 2014
Poá de dois
Irresistível quem sabe o que quer.
Com a leveza de gestos despretensiosos
Uma hora de descuido providencial
É quando sorrimos verbos afins
Depois aquele chocolate com morango
Eterno bailarino do efêmero
Lindo, ele.
Balão também.
Com a leveza de gestos despretensiosos
Uma hora de descuido providencial
É quando sorrimos verbos afins
Depois aquele chocolate com morango
Eterno bailarino do efêmero
Lindo, ele.
Balão também.
quinta-feira, 22 de maio de 2014
terça-feira, 20 de maio de 2014
quarta-feira, 14 de maio de 2014
terça-feira, 13 de maio de 2014
quinta-feira, 8 de maio de 2014
Entre tempos
Linhas tramadas a cada tropeço do vento...
O tempo frio de hoje se veste de querer.
Sinergia invisível, bonita de sentir.
Livre do escuro que sopra dúvidas.
Finalmente sente o verde leve do respiro envelhecido.
Emaranhado cortante. Fuga arrastada. Outro caminho.
-Nem sempre há como voltar, eu digo.
E eu sorrio por um segundo. E você nem viu.
Monólogo para além do tempo.
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quarta-feira, 7 de maio de 2014
Monolítico
O homem sabe aquilo que vive. O mais, muito provavelmente, é retórica de vaidade.
É sobre a leveza do sentir.
Relativizar.
Colorir portas e fugir de bolhas pretensiosas e unilaterais.
E só, até não mais.
terça-feira, 6 de maio de 2014
Não mais "se"
Melancolia densa ao dormir do sol...
Lenta. Muda. Molhada.
Engasga respirando o verbo de malquerer.
Pretenso como o limite do abismo de inverdades.
Escurece ao avesso da fina teia e a desfaz.
Desnuda de significados, ela costura mais uma vez.
Só mais uma vez.
Seremos breves.
Seremos fim.
Lenta. Muda. Molhada.
Engasga respirando o verbo de malquerer.
Pretenso como o limite do abismo de inverdades.
Escurece ao avesso da fina teia e a desfaz.
Desnuda de significados, ela costura mais uma vez.
Só mais uma vez.
Seremos breves.
Seremos fim.
terça-feira, 8 de abril de 2014
Doing the Unstuck
"It's a perfect day for letting go
For setting fire to bridges
Boats
And other dreary worlds you know..."
The Cure
For setting fire to bridges
Boats
And other dreary worlds you know..."
The Cure
segunda-feira, 31 de março de 2014
É tão misterioso o país das caixas!
"E corro o risco de ficar com as pessoas grandes, que só se interessam por números. Foi por isso que comprei um estojo de aquarelas e alguns lápis..."
"Mas, infelizmente, não sei ver carneiros através de caixas. Talvez eu seja um pouco como as pessoas grandes. Devo ter envelhecido."
É por essas e outras que O Pequeno Príncipe (Le Petit Prince), de Antoine de Saint-Exupéry, dialoga constantemente com os anseios e limitadores contemporâneos. Me faz sorrir. Me acalma os sentidos. Me pluraliza até depois do nem sei.
terça-feira, 25 de março de 2014
Monólogo
-Não dou conta não.
- É lidar com suas criações...
- Não sei por que as crio!
- Cobice parar.
- Ansiar pelo vestido que cai sem poder tocá-lo...?
- Suspirar sem testemunha é libertador...
- É sempre algo entre a tragédia e uma piada de mau gosto.
- Melhor envelhecer seus medos e aposentá-los!
- Respirar na sujeira dia após dia?
- Um senso infeccioso!
- As horas monótonas também se cansam de borrar...
- Besteira filosófica e faminta!
- Suas mãos em mim!
- Um toque tão comum...
- É acordar fraturado de emoções
- Durma abaixo das mentiras...
- Cansei dessa conversa.
- Vá.
- ...
- ?!
- É que o vento sopra como se fosse o fim!
- Mas é você que está gelado como se nem estivesse aqui...
- Eu sorri e você choveu finalmente...
- Às vezes você me faz sentir como se eu vivesse no limite
do mundo. Como se eu vivesse na beira do mundo...(...)
- Tão estranho.
- Tão estranho.
- É só o meu jeito de sorrir, te disse. (...) E molhei meus
cinco segundos.
E então você sorriu. Vi um homem no lugar do garoto que
conheci anos atrás.
Por um segundo.
Então o silêncio nos resolveu.
Você esperou meu último sinal -“Ainda te quero”.
Você esperou meu último sinal -“Ainda te quero”.
E ainda espera em negros quadros sonoros...
Acontece que eu não minto mais.
segunda-feira, 24 de março de 2014
Da improvável permanência
Intermináveis quilômetros de silêncio
Quebram a singeleza de propósitos
Despem a verdade de seu manto de tempo
Alimentam a miopia emocional
Molham de escuro os rabiscos finais
É como o mergulho de apneia, tão profundo e dissonante
Às vezes não se move. Escafandro de mim
Cala-se para costurar o talvez do quase sempre
Cospe na dúvida dissimulada
Apenas o jogo da entropia faminta
Tão apática quanto o
último som acordando o ontem
É exatamente quando a leveza machuca
A distância desse nós se revela uma triste gota do provável
E é sempre quando por um triz estou.
E é sempre quando por um triz estou.
quarta-feira, 19 de março de 2014
Avesso
Acordo palavras não ditas
Poeiras levando horas enferrujadas
Pontos querendo cansadas vírgulas
Aflição arranhada
Mais uma tarde de verão. Nunca tão fria.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

O sopro noturno das horas molhadas. Perde-se em notas diversas que colorem o tanto de não.
Entre espaços e vírgulas que se apagam suavemente, ela veio. Nada exceto traça e tempo.
O toque de um vazio disfarçado de sorriso. Contempla o som pálido da vontade que aos poucos se confunde em meio às sombras e luzes vacilantes.
Ela, não mais que um verbo cansado, seguiu com reticências. Mas ainda é possível respirar cores que deixou pelo caminho-além.
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